Brasil (BR)- A população do Brasil está envelhecendo a uma velocidade sem precedentes, tal motivo pode interferir na maior economia da América Latina após uma década de crescimento fraco.
A parcela de brasileiros com 65 anos ou mais subiu para 10,9% em 2022, em comparação com 7,4% em 2010, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última sexta-feira (27). A proporção de idosos é agora a maior desde 1940, os dados comparáveis mais antigos.
“Estamos envelhecendo muito rapidamente em comparação com as nações desenvolvidas, levou 200 anos para a França e a Inglaterra fazerem o que o Brasil fez em 40 ou 60 anos”, destaca Izabel Marri, demógrafa do IBGE.
A rapidez com que o Brasil está envelhecendo suscita preocupações sobre como o país lidará com os custos sociais adicionais de cuidar de seus idosos.
À medida que o país se aproxima de perder seu bônus demográfico (quando os trabalhadores ativos superam em número os aposentados), economistas e demógrafos rapidamente apontam que muitas pessoas não têm economias e o governo carece de políticas para financiar suas aposentadorias e custos com a saúde.
O Brasil iniciou um período de crescimento explosivo após o início do século. A China consumiu recursos naturais, como carne bovina e minério de ferro, e as receitas das exportações ajudaram a financiar programas de bem-estar que elevaram milhões de brasileiros à classe média.
O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro, Marcelo Neri afirma: “Tivemos progresso social, mas não tivemos responsabilidade econômica”.