Mundo – Durante evento no salão Oval na Casa Branca, nesta segunda-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a jornalistas que o principal hospital da cidade de Gaza, o Al Shifa, o maior da região, deve ser protegido.
A declaração vem após o avanço do exército israelense na Faixa de Gaza e a ofensiva nos portões do hospital Al-Quds, onde membros do grupo islâmico Hamas teriam se infiltrado junto a civis, de acordo com o porta-voz das Forças Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari.
O presidente americano disse, ainda, que espera haver menos ações intrusivas no local, que se tornou o principal alvo na batalha de Israel para tomar o controle do norte da Faixa de Gaza e reiterou que “há um esforço para fazer esta pausa para a libertação de reféns, algo que também está em negociação com a ajuda do Catar”.
Situação do hospital
Médicos que estão no local alegam que os pacientes, incluindo recém-nascidos, estão morrendo por falta de combustível que permitem que o hospital funcione.
O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidra, disse que mais de 30 pacientes, incluindo três recém-nascidos, morreram nos últimos três dias por causa do cerco ao hospital e pela falta de energia.
Ainda segundo Al-Qidra, os médicos do Al Shifa estão se recusando a cumprir a ordem de retirada das Forças de Defesa de Israel, alertando que os cercas de 700 pacientes morrerão se deixados para trás.
Israel insiste que o cerco militar ao hospital é justificado, apesar de receber críticas da Organização das Nações Unidas, entre outros.
Segundo as informações da CNN, um funcionário do governo americano ligado ao serviço de inteligência dos Estados Unidos confirmou que o Hamas possui um centro de comando abaixo do Al Shifa, utiliza combustível do hospital e que os militantes costumam se reunir no local.
O conselheiro
O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a declaração do presidente americano se refere ao “peso extra que as Forças de Defesa de Israel enfrentam ao avançar em Gaza, porque o Hamas realmente se abriga em estruturas civis.”
Kirby disse, ainda, que “é mais difícil para qualquer força militar ir atrás de seus alvos, porque o hospital em si deve ser, como Biden disse, protegido”.
*com informações CNN Brasil