Manaus (AM)- A administração do Porto de Manaus, conhecido como Roadway, tem sido alvo de críticas devido à cobrança de taxas exorbitante em um momento de seca histórica que afeta o estado do Amazonas e o rio Negro atingiu a marca de 13,29 metros. Além disso, a infraestrutura do local encontra-se em estado lastimável, com estradas esburacadas e uma rampa de acesso à orla sem manutenção há tempos.
Um denunciante, que não quis se identificar, afirma que pagou R$30 para permanecer no porto por apenas 15 minutos. O Roadway também é criticado por aceitar apenas pagamento em dinheiro, excluindo a possibilidade de opções de pagamento mais seguras e práticas, como cartão de crédito, débito, transferência bancária ou Pix, o que afeta tanto trabalhadores quanto moradores da região.
Essas denúncias não são casos isolados. Os altos preços e a falta de opções de pagamento no Porto Roadway têm gerado uma crescente insatisfação entre a população, fazendo com que a questão seja levada recentemente à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). É preciso uma investigação para avaliar a legalidade e os impactos dessas práticas abusivas.
O problema se agrava uma vez que o porto é principalmente utilizado pelo homem do interior, que depende da logística do Roadway para buscar mercadorias essenciais, como farinha. Em um momento de seca histórica, em que o Rio Negro está atingindo níveis preocupantes de apenas 13,29 metros, muitas embarcações estão encalhando em suas águas. A exploração no Porto Roadway torna a vida ainda mais difícil para os trabalhadores e a população local, em um período em que deveria haver solidariedade em meio à crise.
O Porto de Manaus desempenha um papel fundamental na região, sendo responsável por receber e distribuir produtos e mercadorias para todo o estado do Amazonas. Diante disso, é imprescindível que a administração do porto seja eficiente e acessível, garantindo que os cidadãos tenham acesso aos produtos necessários e a um ambiente seguro para suas atividades comerciais.
É urgente que o Roadway invista em melhorias na infraestrutura do porto, garantindo condições adequadas de acesso e segurança para os trabalhadores e usuários. Além disso, é necessário rever as políticas de cobrança, buscando preços justos e oferecendo opções de pagamento diversificadas, de forma a facilitar a vida da população e fortalecer a economia local.
